Vikings e o Reino Saqueado

Descrição

Os palhaços Batata Doce e Turino estão agora imersos na cultura Nórdica, se apresentam como atrapalhados guerreiros Vikings voltando a seu reino após terem realizado grandes viagens e desastrosas batalhas pelo mundo. Ao chegarem ao reino se deparam com sua rainha destituída e o trono tomado por Duques. O desafio dos Palhaços-Vikings é retirar os Duques do poder e devolve-lo para o povo. Para isso, vão se utilizar de suas ferramentas circenses construindo um espetáculo de circo e teatro de rua junto ao público.

Durante a pesquisa de concepção deste trabalho os atores pesquisadores sentiram a necessidade de renovação dentro do trabalho que já desenvolviam como palhaços, assim tiveram a ideia de relacionar o circo, o teatro de rua, o palhaço e a figura milenar do viking em um mesmo espetáculo, se desafiando e buscando algumas respostas para suas inquietações com o fazer artístico, principalmente dentro da arte circense, pois o espetáculo se utiliza de várias modalidades encontradas no circo que são colocadas em diálogo com o teatro de rua e a figura do viking de forma única e exclusiva.

Partindo das pesquisas sobre a cultura nórdica apontada pelo autor Joseph Campbell, também os quadrinhos "Hagar: O Horrível" do autor Dik Browne e os livros "A Elite do Atraso" e outros títulos do sociólogo brasileiro Jessé Souza, o espetáculo Vikings e o Reino Saqueado pretende trazer para o público o encontro entre a cultura nórdica viking e a milenar arte do palhaço como proposta estética para dar suporte à discussão de relações humanas e problemas socioculturais.

Através do lúdico, do jogo e da brincadeira, é apresentado dois palhaços num lugar distante, proposto pela encenação e pela dramaturgia (viking), busca-se a emancipação do público, trazendo discussões sobre relações humanas, sociais e culturais estabelecendo uma conexão com a realidade brasileira. 

Este espetáculo tem o poder de participar da formação cultural e artística não só do público, mas também de contribuir com o local e/ou a comunidade em que é apresentado; sendo capaz de fazer crianças e adultos ,que não tem acesso a um espetáculo artístico (seja por falta de dinheiro, estímulo ou tempo), passarem a tê-lo e poderem construir, desconstruir e enxergar questões cotidianas de maneiras diferentes das que estão condicionadas ou acomodadas a ver. Sendo assim, podemos concluir que a arte como um todo leva as pessoas a pensarem e se questionarem quanto a suas vidas e seus lugares no mundo transformando-as em agentes criadores de suas próprias realidades.

Autor

Adriano Gouvella

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