Terragentebicha
Descrição
A palavra tomada pelas mãos, o gesto artesanal da escrita. Terragentebicha, um manifesto, um agrupamento de reivindicações, de lugares, de amores, corpos e vozes. Uma reunião de escritos errantes, de experimentações pela palavra poética em movimento e transformação. Transformação na e pela palavra. Terragentebicha, três partes de um único corpo, parte de um todo – ainda que fragmentado: todo.
Escritos entre 2016 e 2020, do golpe à tomada do poder pela direita fascista brasileira, poemas que reivindicam a Terra, as Gentes y as Bichas por outras lentes e perspectivas que não aquelas, as deles. Uma outra Terra, e ainda que tão outra: nossa. O ser natureza e não estar na. Pertencer.
Poemas escritos em trânsito físico e astral. O eterno fluir, apesar de. Corpos também em trânsito. Por pura rebeldia. Ou teimosia. Rebeldes e teimosas, juntas. A gente que tem sede: nos olhos. O desejo incontrolável de olhar outras paisagens, encontrar outros gestos e possibilidades, de permitir outro caminhar, reinaugurar um movimento, dizer uma nova palavra.
Reinventar novos modos de dizer e, assim, inventar essa outra existência, uma existência que não nos aprisione em corpos lugares e vozes moldadas, em perspectivas totalitárias, mas que alargue as fronteiras imaginárias impostas sobre e entre nós.
A palavra que contesta e afaga, protesta e goza, reivindica e fode, denuncia e ama.
Autor
Leomir Bruch