A Metáfora das Nuvens

Descrição

A obra apresentada nasce de um ato criativo livre, realizado diante do público (bem antes da pandemia). Ela tem quase 30 minutos de duração, mas pode ser analiticamente dividida em momentos distintos. (1) Começa com a exploração de certos timbres (guitarra, triângulo, pratos, pandeiro brasileiro, tambores e caxixis), criando-se uma atmosfera sonora em que dialogam melodicamente a guitarra e os tambores da bateria. (2) Esse primeiro momento, ritmicamente livre, cresce até transformar-se em um groove. A transição é muito natural. O diálogo entre a bateria e a guitarra continua, com seus ataques, rifes e frases. (3) Então, depois de atingir seu ápice de força e vivacidade, vai se acalmando e se desfazendo, até que uma nova atmosfera sonora toma conta do espaço. Desta vez, o berimbau assume um lugar de destaque. A grande novidade é o uso do arco para se tocar o berimbau. (4) Depois, o bongô começa um ritmo frenético que acaba quase se transformando em baião. (5) Mas a exploração rítmica segue outro caminho, até tornar-se outro groove, sobre o qual a guitarra cria uma atmosfera melódica fluida. (6) A levada, então, é transferida para os tambores. A guitarra é substituída pelo baixo elétrico, que assume, primeiro, uma postura mais melódica e, depois, passa a explorar levadas. E, finalmente, aquela nuvem sonora, com seus raios e trovões, luz e sombra, num decrescendo, vai se despedindo do público…

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