Descrição

Neste encontro, o Museu Paranaense recebeu as benzedeiras paranaense Ana Maria Benzedeira, Dona Guina e Dona Rosinha para uma conversa suas trajetórias e saberes tradicionais de cura, com a participação da antropóloga Taísa Lewitzki. A mediação foi realizada pela arqueóloga do MUPA, Claudia Parellada. A atividade, realizada em parceria com o Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade Federal do Paraná (@maeufpr), é uma das ações do MUPA em comemoração ao Mês da Mulher.

Artistas

Ana Maria Benzedeira é benzedeira da cidade de Rebouças (PR). Aprendeu o ofício de benzer com seu pai na comunidade de Rio Bonito, é conhecedora das profecias do Monge João Maria e defensora de seus Olhos d’Água. Dona Guina é benzedeira, remedieira e costureira de rendidura da cidade de Rebouças (PR). Conhecedora das plantas medicinais e detentora de inúmeras práticas e conhecimentos tradicionais de cura, ministra oficinas e cursos para benzedeiras em formação.

Dona Rosinha é benzedeira, arrumadeira e costureira de rendidura do município de Irati (PR). Festeira do Divino, cantadeira de festas tradicionais e devota do Monge João Maria, integra a equipe de pesquisa do Mapeamento Sociocultural das Benzedeiras e Ofícios Tradicionais de Irati que resultou na aprovação da Lei Municipal 4543/2018 que reconhece o ofício de benzedeira como agente de saúde popular.

As três participantes integram o Movimento Aprendizes da Sabedoria (MASA) e a Rede Puxirão de Povos e Comunidades Tradicionais e o Conselho Estadual de Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais do Paraná

Taisa Lewitzki é antropóloga e pesquisadora. Bacharel em Antropologia - Diversidade Cultural Latino-Americana pela Universidade Federal da Integração Latino-Americana (2015) e Mestra em Antropologia pela UFPR (2019), atualmente é doutoranda em Antropologia Social pela UFRN (2019). É a autora da dissertação “A vida das benzedeiras: caminhos e movimentos” que conquistou Menção Honrosa do Prêmio de Obras e Teses da ANPOCS 2020 e o Prêmio Curta Ciência UFPR 2020.