Jogar para Improvisar - Aula 6

Descrição

A oficina de jogos de improvisação parte do princípio que todas as pessoas são capazes de atuar se estiverem dispostas e abertas a jogar com o espaço e os problemas que surgirem. Improvisar tem a ver com espontaneidade, e esta tem a ver com ldar com o momento de liberdade pessoal, em contato real com a vida e ação em conformidade com ela. Utilizamos como ponto de partida os jogos improvisacionais propostos por Viola Spolin bem como alguns de Ingrid Koudela e também Augusto Boal. São três nomes de extrema importância quando se fala em pedagogia do teatro. A oficina é idealizada e ministrada pelo professor/artista Fernando Ponce, formado em licenciatura em artes cênicas pela universidade estadual de Maringá – UEM. Fernando é pos-graduado em arte educação e terapia e também em ensino do teatro no ambiente escolar. O contato com a educação e pedagogia do teatro acontece desde antes do fim da graduação, atuando desde espaços educacionais tradicionais como escolas de ensino regular e escolas privadas de teatro como também em espaços alternativos como o hospital psiquiátrico de Maringá. A oficina perpassa pelo método da Spolin, explorando a improvisação a partir do "onde" (espaço da cena) "quem" (personagens da cena) "o que" ponto de concentração da cena. Os jogos tem objetivo de preparar o corpo para a cena, trabalhando paralelamente memória, prontidão, concentração e atenção. Segundo Spolin "os jogadores tornam-se ágeis, alerta, prontos e desejosos de novos lances ao responderem aos diversos acontecimentos acidentais simultaneamente" (2010). Os encontros iniciam-se sempre com alongamento/aquecimento para uma preparação e reconhecimento do corpo para as atividades da aula, procurando manter o corpo consciente vivo para uma resposta imediata. Os exercícios em questão sempre exigem muita atenção e foco para uma boa realização. O corpo do ator/atriz deve estar vivo e presente, para isso, o melhor caminho são os jogos que tem o objetivo de nos deixar atentos/atentas, focados/focadas, preparados/preparadas e prontos e prontas para o teatro, uma vez que teatro é solução de problemas. Com o decorrer do processo, acrescentamos fala aos nossos jogos e o diálogo deve estar em conjunto com a ação, e quando colocarmos a fala não podemos nos esquecer que temos um corpo que precisa estar vivo em cena. Experenciar-se é fundamental, porque só assim poderá ter conclusões calcadas nas sensações, que são sempre pessoais.

Autor

Fernando Aparecido Ponce Ribeiro

 

 

 

  • artista aparece no centro com um chapéu. a esquerda, o teto "exemplo" seguido de "o que deixa irritado/a?"