Descrição

Há muitos modos de abordar as histórias. Uma delas, talvez a mais visceral, seja abordar as histórias como cantadora, contadora de histórias, sendo como uma guardiã. As modernas contadoras de histórias descendem de uma comunidade imensa e antiqüíssima composta de santos, trovadores, bardos, griots, cantadoras, chantres, menestréis, megeras e loucos. A energia para contar histórias vem daquelas que já se foram. Contar ou ouvir histórias deriva sua energia de uma altíssima coluna de seres humanos interligados através do tempo e do espaço, sofisticadamente trajados com farrapos e mantos e repletos a ponto de transbordarem de vida ainda sendo vivida. Se existe uma única fonte das histórias e um espírito das histórias, ela está nessa longa corrente de seres humanos. Nossa guardiã nos revela um conto advindo de um povo indígena do Brasil, os Kaingang. Revisitaremos, através de suas palavras, a sabedoria indígena e sonhemos, por um momento, os mesmos sonhos que eles sonharam. Com esta história vamos rir, chorar e aprender.

Artistas

Juliana Cordeiro