A Fábula da Rosa dos Ventos

Descrição

A dramaturgia de A Fábula da Rosa dos Ventos é fruto da junção de dois textos que se completam: a premiada "A Fábula do Vento do Sul" que rendeu ao autor em 2010 o Troféu Gralha Azul de Melhor Direção em Espetáculo para Crianças, além da indicação em Melhor Espetáculo e Melhor Texto e Ecos em Cristalle que foi encenada pelos alunos da Mostra Cena Hum em 2018.

No texto, as relações e dinâmicas sociais encontram neste processo 'fabuloso' um espaço de transfiguração e transposição ao palco. Deste modo encontra na fantasia e no imaginário a possibilidade de refletir o seu próprio tempo e potencializar o teatro e a cultura enquanto espaços de debates e reflexões. 

A Fábula da Rosa dos Ventos pode ser considerada como um "conto de fadas subjetivo" que mescla fantasia às referências das relações cotidianas, onde a escolha pessoal de romper com padrões antigos influencia diretamente a convivência com o todo e a assumir as rédeas da vida: Idealizar, crescer, realizar e transformar. 

Joseph Campbell, um dos maiores pesquisadores de mitologia comparada, estudou histórias do mundo todo, em diferentes culturas, que aconteceram em diferentes épocas e observou que em todas elas seguiam um padrão de evolução, denominando como a Jornada do Herói. Segundo Campbell, essa trajetória ocorre em 8 etapas e tem começo e fim no mundo real do herói, mas toda a transformação ocorre em um mundo mágico, uma metáfora para falar do nosso mundo interior. 

A partir disso, Humberto Gomes resgatou referências de filmes e desenhos, tais como a História sem Fim, Caverna do Dragão, Brumas de Avalon, Senhor dos Anéis,  Willow na Terra da Magia, entre outros, para construção dessa dramaturgia que objetiva transformar a rotina em uma metáfora fabulosa:

A princesa Aira recebe um chamado intuitivo através dos ventos e é visitada pela Senhora do Tempo que a encoraja a partir da Terra de Auróris para seguir numa aventura rumo ao amor e a transformação. Ao mesmo tempo o príncipe Enzo ouve ecos do vento na Terra de Cristalle, é o início de uma transformação interna para que ele possa se reconhecer e assumir as rédeas da própria vida com confiança.  
Uma parte, outro espera e o tempo tece os movimentos do Reino de Ares onde os habitantes precisam ser fortes para enfrentar o frio que causa desequilíbrio e arrepios em todos os lares.

Ao ser propagada, essa dramaturgia pretende instigar o leitor a ter um contato com sua voz interior para que possa dar início a uma nova jornada na concretização dos seus anseios. E que a partir dessa experiência estejam abertos para novas escolhas pessoais e possam compreender o papel da arte e suas manifestações no seu mundo particular.

Autor

Humberto Gomes

Clique na capa ou neste link para ler.

  • A Fábula da Rosa dos Ventos