Espaços Internos

Descrição

Espaços Internos foi realizado no espaço domiciliar. Não por acaso envio este trabalho, pois foi concebido num momento em que não se sabia que produzir em casa se tornaria uma restrição não escolhida em 2020.
Atualmente a Dança do ponto de vista acadêmico expandiu suas fronteiras entendendo como dança mais do que apenas os cânones clássicos. A pesquisa de movimento tornou-se algo presente na prática artística e profissional de artistas da dança. Aliando a busca por uma abertura nos paradigmas do conhecimento, ou um reparo em direção às epistemologias subalternizadas. Junto a isso, a linguagem videodança também oferece possibilidades em relação a pesquisa do corpo, do espaço e da técnica de produzir imagens. As relações corpo e espaço, corpo no espaço, bem como, corpo e câmera, câmera e espaço, oferecem múltiplas possibilidades de ampliação do olhar e da percepção. Como expõe a artista da dança Ana Pi: "É um caminho artístico cuja questão principal é descontextualizar ou recontextualizar o corpo, as imagens, o tempo, o espaço e o movimento num sentido mais amplo."
Em Espaços Internos a escolha foi pela câmera parada, capturando o movimento que acontece na parte superior da tela no fundo do cômodo em prateleiras de cimento. O corpo explora o espaço se colocando de diversas maneiras em relação a ele. Movimentação que com calma, a cada momento, vai se adaptando a si e ao espaço. Checando suas condições a cada encaixe e movendo de maneira a reentender como mover e para onde mover. Percebo neste trabalho uma metáfora para lidar com um novo acontecimento. Recursos como a consciência dos apoios e da transferência de peso, brincadeiras e experimentações dos espaços articulares foram utilizados. Um corpo que vai se experimentando ao passo que experimenta o espaço.
O vídeo foi gravado em 2015 e editado com o programa Kdenlive em 2017.
OLIVEIRA, Ana Carolina Moura de. Monografia sobre vídeodança. Ana Pi: corpo & imagens. Disponível em: https://anazpi.com/monografia-sobre-videodanca/. Acesso em: 18 de out. de 2020.

Autor

Andercelly Christofolli

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