Era uma vez uma chuva

Descrição

Era uma vez uma chuva, ou melhor, uma chuvarada... A chuva foi tanta que levou tudo, casas, brincadeiras, sorrisos. Mas trouxe algo inesperado para a história: um sapato falador. Nessa narrativa poética acompanhamos um menino que tenta compreender o mundo a sua volta, a vida que ele tinha, mas que a água levou. E diante do novo contexto em um cenário desolador, aprende o verdadeiro significado da liberdade e da solidariedade. Na obra infanto-juvenil "O sapato falador", a escritora Gloria Kirinus, peruana naturalizada brasileira e residente em Curitiba, nos leva para um espaço diferente, em (re)construção, no qual a percepção infantil choca e promove reflexões. E ainda incentiva a participação do leitor para a construção de sentido, demonstrando que a ficção é um espaço de sensibilização, que suscita o imaginário e desperta emoções. Segundo a própria autora, em seu livro Synthomas de poesia na infância "a natureza humana é poética", sendo que "as crianças recebem com muita facilidade a poesia e respondem bem ao jogo de surpresas com a linguagem". Portanto, a poesia que irrompe do cotidiano, como a apresentada na obra, mexe com os sentimentos e com a criatividade, além de proporcionar a fruição literária, tão importante para a formação do leitor. Nessa perspectiva, Ana Maria Machado em Balaio, livros e leituras explica que "uma boa história dá ao leitor a sensação de viver uma experiência completa e enriquecedora. Algo que lhe acrescenta uma nova compreensão de algum elemento da vida". A fim de proporcionar essa experiência a obra de Glória Kirinus foi selecionada para a mediação de leitura, uma vez que a construção poética e a escrita envolvente conversam com a infância, proporcionando uma relação de cumplicidade entre leitor (ouvinte) e o texto. Além disso, o livro escolhido alcança um fator primordial para as práticas de incentivo à leitura, como descrito pela professora Marta Morais da Costa na obra Metodologia do ensino da literatura infantil: "o leitor procura modos diferentes de olhar e entender a realidade, mediados pelo prazer da beleza e da descoberta de recursos linguísticos inovadores". Por fim, buscando ampliar o sentido da obra com muito carinho, a frase que o menino descobriu entre chuvas e brincadeiras com seus amigos tagarelas alcança um novo significado para a mediação. Se "todos os homens nasceram para ser livres e iguais entre si", uma língua vem promover essa igualdade aliada a voz da mediadora, o vídeo apresenta a mediação de leitura também em libras, garantindo acessibilidade comunicacional e literária.

  • Era uma vez uma chuva