Da corporalidade: concepções médicas sobre a forma corporal

 

Na contemporaneidade, as preocupações com a forma corporal são um ente onipresente no tecido social. O desejo por um físico esbelto e talhado por dietas, academias de musculação e medicamentos emagrecedores tem grande força no imaginário social e compõe parte das práticas cotidianas em caráter mundial.

Este livro, fruto de pesquisa acadêmica realizada há quase 20 anos, buscou perscrutar as raízes históricas desse processo no Brasil. A primeira metade do século XX, especialmente o período entreguerras, foi o recorte escolhido para abordar essa temática. A classe médica – e seus discursos de caráter científico – foram a principal fonte de disseminação das relações entre corpo, saúde e doença. Os médicos – parte dos quais se associava aos conceitos racistas da eugenia e do higienismo – estavam, nesse período, diretamente envolvidos no projeto de nação urbano-industrial moderna que passavam inevitavelmente pelos corpos. 

Vemos aqui também a nascente ciência da nutrição e das ascendentes práticas físico-desportivas que também ganhavam força diante da maior exposição pública dos corpos. Entretanto, contraditoriamente – diferentemente da atualidade – na perspectiva médico-científica, ser magro ainda guardava conexão simbólica com diversas doenças e, de outra parte, a “lipofobia” convivia com os concursos de “robustez infantil” nos quais os bebês mais gordos venciam, sob os auspícios de doutores avaliadores. Creio que as reflexões apontadas nestas magras páginas seguem ainda atuais.

 

 

Clique neste link para ler.

GALERIA DE IMAGENS

  • Da corporalidade: concepções médicas sobre a forma corporal