Bukabog - Chorégraphie Mécanique

Descrição

Bukabog é um projeto de noise/industrial/Dark Ambient criado em 2017 pelo proponente Guilherme Stromberg Guinski. Com instrumentos musicais de criação própria e manipulação de efeitos, constrói atmosferas e paisagens sonoras sombrias e hipnotizantes. Mais do que ritmos e beats, suas performances são áudio-experiências criadas pela justaposição e sobreposição de texturas sonoras e projeções de vídeo. Para este projeto, o proponente se alia de maneira remota ao artista visual, ilustrador e designer gráfico Ricardo Humberto para uma releitura do clássico do cinema dadaísta Ballet Mécanique (1924), de Fernand Léger, para criar o videoarte Chorégraphie Mécanique.

Em 1924, o compositor Alfredo Casella já previa que a música do Futuro seria "qualquer sucessão de sons coordenados no tempo"; em 1936, Edgard Varèse escreveu no manifesto "A Libertação do Som", que a "matéria prima da música é o som. É o que a apreciação reverenciada fez as pessoas esquecerem – inclusive compositores". Um ano depois, o compositor John Cage, em uma palestra em Seattle, intitulada ‘O Futuro da Música – Credo’, dizia que "Onde quer que estejamos, o que ouvimos é majoritariamente ruído. Quando ignoramos, isso nos incomoda. Quando realmente escutamos, achamos fascinante".
Com esta proposta, o Bukabog vem desenvolvendo pesquisas e montagens sonoras no que se convencionou chamar de Noise Music (ou música de ruído), utilizando-se de processos dadaístas para composição de peças sonoras disponíveis na página do artista no bandcamp  e outros canais e mídias sociais descritas na ficha técnica.
A partir desta metodologia de trabalho, foi desenvolvida a presente obra digital em parceria com o artista visual Ricardo Humberto, responsável pela organização e intervenção visual na obra "Bukabog - Chorégraphie Mécanique", uma revitalização, releitura e referência ao Ballet Mécanique, de Fernand Léger.
Para a composição da obra digital, o proponente deste projeto realizou as filmagens com uma câmera Canon Rebel T3 buscando ângulos, texturas e movimentos diferenciados em sua própria casa e equipamentos. As imagens foram enviadas pela plataforma digital WeTransfer ao artista Ricardo Humberto para o tratamento e edição com o produto retornado ao proponente da mesma forma. O áudio, por fim, também foi montado de maneira remota com a gravação da bateria eletrônica por Ricardo Humberto e os efeitos por Guilherme S Guinski, mixados, masterizados e combinados ao vídeo no home studio do proponente.
O produto final desta parceria é um videoarte com sonorização acusmática e imagens surrealistas cuja sobreposição e justaposição se complementam para refletir o atual estado de absurdos, confusões e deslocamentos da vida em tempos de isolamento social no qual o espectador submerge para um estado de quase transe.

Autor

Guilherme S Guinski

  • Bukabog - Chorégraphie Mécanique