A Autoprodução Musical

Descrição

O livro "A Autoprodução Musical", escrito pelo músico, compositor, pesquisador, produtor musical e técnico de gravação, Téo Ruiz, descreve sobre o contexto histórico-social da música brasileira em que se passou a pensar e realizar produções musicais sem uma estrutura industrial como estabelecido durante o século XX pelas multinacionais do setor.

Para termos uma compreensão mais ampla de como se encontram os agentes da música hoje em dia e quais possíveis perspectivas temos nesse mercado tão mutante, é fundamental sabermos o contexto histórico e como as estruturas de produção se organizaram pós-revolução digital. Com os avanços tecnológicos e sucessivas crises na indústria fonográfica, estamos vivenciando nos últimos 30 anos uma re-configuração do setor musical no mundo, com o surgimento de novos agentes, mudança de antigos paradigmas, o que vem gerando uma dinâmica social variável em torno das produções musicais resultando um quadro extremamente complexo.

A indústria musical no Brasil possui hoje uma quantidade enorme de ramificações ainda não dimensionadas com precisão. As estruturas de produção levantadas no livro (majors, indies e autoprodutores) se organizam dentro de uma teia complexa e procuram encontrar saídas para dar vazão às suas produções em meio às constantes mudanças que afetam o setor. Sobre o livro, 2 importantes figuras do setor fizeram resenhas.

O músico, compositor, pesquisador e articulador político Felipe Radicetti escreveu que "A Autoprodução Musical" cumpre uma função importantíssima, justamente nesse momento de reconfiguração do setor musical. Há, no livro, em linguagem inteiramente livre de academicismo e apresenta uma série de conceitos que se inserem no frame do processo em curso, nomeando-os, conceituando-os. Esse passo é importante em muitos sentidos.

A produção de documentos que se tornam referencias históricas, a nomeação dos fatos constrói, estrutura o discurso; isso é da maior importância funcional: edifica as bases do discurso e dessa forma podemos estabelecer os diálogos institucionais com os atores num campo em disputa e sobre o qual ainda não consolidamos posição. É um campo em disputa e justamente a produção de documentos estabelece as primeiras fronteiras.

O termo "autoprodutor", já utilizado em discussões sobre políticas públicas para a música, ganha no título desse livro um salto quântico de valor." Maurício Pereira, expoente da música paulistana, além de assinar o prefácio do livro escreveu que  "pra você que é músico, ou produtor, ou amante da música (como tem tantos agora, tão apaixonados, tão interessados, tão informados), eu recomendo entrar de sola nessa leitura tão esclarecedora, tão multiplicadora, da visão que a gente pode vir a ter do showbiz brasileiro".

O livro foi lançado em 2016 e com este projeto, inscrito na categoria de Manual Técnico, possibilita que este conteúdo esteja acessível a todo o estado através das plataformas da SECC.

Autor

Téo Ruiz

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