Histórias Extraordinéditas

Descrição

O espetáculo HISTÓRIAS EXTRAORDINÉDITAS, com direção de Andrei Moscheto, estreou no ano de 2015, em celebração aos 15 anos do grupo Antropofocus. Em sua trajetória o espetáculo já realizou temporadas em Curitiba e participações em Festivais de Teatro pelo território brasileiro. O presente projeto visa disponibilizar a gravação do espetáculo realizado na programação do 26º Festival de Inverno da UFPR, em Antonina em 2016, para ser veiculado nos canais de comunicação da Superintendência Estadual de Cultura. Andrei Moscheto, ator e diretor, fundou o grupo Antropofocus em outubro de 2000, juntamente com atores oriundos da Faculdade de Artes do Paraná. O propósito do grupo desde a sua fundação, sempre foi observar o ser humano e seu comportamento no cotidiano, sabendo que todas as suas ações podem ser consideradas cômicas, dependendo do prisma pelo qual é observado. Esta premissa inicial instigou o grupo a explorar diferentes formas de comicidade. E Andrei sempre esteve na condução dos espetáculos produzidos ao longo de quase 20 anos de trajetória artística do grupo. HISTÓRIAS EXTRAORDINÉDITAS é um rasgo dramatúrgico em que o público acompanha a criação e o desenvolvimento da encenação de forma dinâmica. Dentro de um espaço deslocado do tempo real, cinco escritores dão vida às histórias que foram deixadas de lado. Momentos reais que ficaram marcados na memória e que, ao serem compartilhados com a plateia, são transformados em algo totalmente novo. Tudo começa com os atores recolhendo histórias do público, que ao serem compartilhadas tornam-se o gatilho para a construção das cenas do espetáculo. Estas cenas são criadas cada qual com uma estética, dramaturgia e poética independente. Ao final, há uma última cena onde todas as histórias são interligadas. Em um jogo refinado entre atores, iluminadora e músico, os elementos narrativos e teatrais são criados, ao vivo, diante dos olhos da plateia. As histórias são transpostas e visitam outros lugares, tempos e estilos, evitando que a encenação seja meramente a reconstituição cênica da história recém-contada. Como o público ouviu a história original, todos participam da experiência autoral, vivenciando a criação de algo inesperado. A peça tem esse nome pela proposta de buscar um olhar poético sobre as histórias do cotidiano, demonstrando que mesmo em algo aparentemente sem importância pode-se encontrar o "extraordinário". Com linguagem dinâmica e repleta de humor, o Antropofocus convida a plateia a participar não só como espectador, mas como co-criador da apresentação. Assim, juntos, grupo e plateia podem exercitar, a cada apresentação, a possibilidade de transver o mundo. Como disse Manoel de Barros: "(...) O olho vê, a lembrança revê, e a imaginação transvê. É preciso transver o mundo". No ano em que o Antropofocus completa 20 anos, nada melhor do que incentivar as pessoas a "transver" suas biografias, rever suas trajetórias e perceber que nossas histórias sempre tem algo de inédito e extraordinário.

Autor

Andrei Moscheto

Data

2015

  • Histórias Extraordinéditas